Os portugueses tomaram hoje conhecimento da lista de deputados do PS. Depois do erro de casting, Fernando Nobre, nas listas do PSD, constato duas realidades incontornáveis:
1. O PSD tentou, timidamente, um aproximação a independentes, que embora conservadores, são intelectualmente capazes e livres pensadores qb.
A CAA (que recordo dos tempo de liceu) reconheço a capacidade de
"pensar" a direita e o liberalismo de um modo humanista. E esse humanismo pode fazer toda a diferença entre a selvajaria do
"salve-se quem puder" e um modo conservador, mas atento e solidário de ver o mundo.
FJV é o intelectual de serviço. Culto, escritor de razoáveis méritos (só lhe li "Um Crime na Exposição"), editor respeitado e senhor de uma simpatia e bonomia por todos reconhecida, é a face da direita liberal mais democrata, tolerante e paternal.
É um movimento que se saúda, mas que peca por escasso. E depois temos Fernando Nobre, um monumental erro, que gerou polémica, mas, como sempre, acabou por ser aceite por unanimidade. Com tantas vozes discordantes, o unanimismo nesta péssima escolha é revelador do modo como (ainda) funcionam os partidos.
2. O PS é um partido de aparelho a cem por cento. Afastada Ana Paula Vitorino, pouco há a dizer sobre as escolhas do PS. Revelam um partido fechado sobre si mesmo, alheado da realidade, uma espécie de aldeia de irredutíveis gauleses. Só nomes velhos, gastos, aparelhistas, com a semi novidade Basílio Horta e mantendo alguns ódios de estimação por perto (mantém os teus amigos perto, e os teus inimigos mais perto ainda). Uma escolha de cabeças de lista desastrosa, como desastrosa tem sido a governação PS.